domingo, 4 de julho de 2010

Tintas

Definição de Tintas

Tinta é o nome normalmente dado a uma família de produtos, usados para proteger e dar cor a objectos ou superfícies, cobrindo-os com uma cobertura pigmentada.

A tinta é muito comum e aplica-se a praticamente qualquer tipo de objectos.
Usa-se para produzir arte; na indústria: produção de automóveis, equipamentos, tubulações, produtos eletro-eletrónicos; como protecção anti-ferrugem; na construção civil: em paredes interiores, em superfícies exteriores.

Tinta é uma mistura devidamente estabilizada de pigmentos e cargas em uma resina, formando uma película sólida, fosca ou brilhante, com a finalidade de proteger e embelezar .
A tinta é uma preparação, geralmente na forma líquida, cuja finalidade é a de revestir uma dada superfície .

Quando essa tinta não contém pigmentos, ela é chamada de verniz .
Por ter pigmentos a tinta cobre o substrato, enquanto o verniz deixa transparente.

Composição da Tinta

A tinta líquida é normalmente constituída por três partes: resinas, diluentes, aditivos e (pigmento).



Resina
Resina é a parte não volátil da tinta, que serve para aglomerar as partículas de pigmentos e é responsável pela transformação do produto, do estado líquido para o sólido, convertendo-o em película.
As resinas são responsáveis pelas propriedades físico-químicas da tinta, determinando, inclusive, o uso do produto e sua secagem.
A resina é a parte da tinta que solidifica para formar a película de tinta seca.



Pigmentos
Material sólido finamente dividido e insolúvel. São utilizados para dar cor, opacidade, certas características de resistência e outros efeitos.
São divididos em pigmentos ativos, que conferem cor/opacidade, e inertes (cargas), que conferem certas propriedades, tais como diminuição de brilho e maior consistência.



Aditivos
Ingredientes que proporcionam características especiais às tintas. São utilizados para auxiliar nas diversas fases de fabricação e conferir características necessárias à aplicação. Os aditivos são para auxiliar na secagem da tinta.


Solventes
Líquido volátil, geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado na diluição de tintas e correlatos.
São classificados em solventes ativos ou verdadeiros, latentes e inativos.

O diluente, auxilia no ajuste da viscosidade bem como veículo dos demais componentes, podendo, se dosados adequdamente, facilitar a aplicação das tintas.
Fonte: Tintas Iquine

Diluição de Tintas

Você está pensando em pintar seu apartamento e não tem a menor idéia de como diluir a tinta:



- Tinta a base de água (PVA) – dilui com água;

- Tinta a base de óleo – dilui com solvente (águaráz);

- Tinta acrílica – dilui com água;

- Tinta automotiva – dilui com tinner.



Tinner e Aguarraz: Indicados para a limpeza de equipamentos de pintura em geral e para diluição de produtos. Diluentes que auxiliam tanto a aplicação como a secagem.

- TINNER - Diluente para produtos de secagem rápida a base de nitrocelulose, tais como seladoras, vernizes, lacas, esmaltes e tintas. Obs.Não usar em produtos base água e sintéticos.

- AGUARRAZ - Diluente para produtos sintéticos de secagem mais lenta, como vernizes, primers, lacas, esmaltes e tintas. Obs.Não usar em produtos base água e nitros.

sábado, 26 de junho de 2010

Ensaio de glanulometria

Os ensaios submetidos aos materiais de Construção Civil são importantes para o Controle Tecnológico realizado para os diversos materiais. Principalmente para garantir a qualidade e segurança das obras realizadas.

Segundo FORTES (2003) "O controle tecnológico se constitui na amostragem dos serviços que estão sendo realizados além da realização de ensaios para verificar nas diversas fases de execução, desde a seleção dos materiais, misturas ou aplicações desses materiais, e fases posteriores".

Para a determinação da granulométrica do agregado é utilizado a NBR NM 248 - Agregados - Determinação da composição granulométrica. Norma que tem o objetivo de prescrever o método para a determinação da composição granulométrica de agregados miúdos e graúdos. Nesse caso, vamos mostrar o ensaio granulométrico do agregado miúdo - AREIA.

GRANULOMETRIA AREIA

1. Definições segundo a NBR NM 248:

· Série normal e intermediária - Conjunto de peneiras sucessivas, que atendam às normas NM-ISO 3310-1 ou 2, com aberturas de malha estabelecidas na tabela 1;

· Módulo de finura - Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100;

Dimensão máxima característica - Grandeza associada à distribuição granulométrica do agregado, correspondente à abertura nominal, milímetros, da malha da peneira de série normal ou intermediária, qual o agregado apresenta uma porcentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa.
2. Aparelhagem

Balança - com resolução de 0,1% da massa da amostra de ensaio;
Estufa - Capaz de manter a temperatura (105 +ou- 5 °C);
Peneiras - séries normal e intermediária; (ver tabela 1) abaixo:



Agitador mecânico de peneiras;
Bandejas;
Fundo avulso de peneira.
3. Amostragem

Coletar a amostra de acordo com a NM 26;
Formar duas amostras para o ensaio, de acordo com a NM 27;
4. Ensaio

Lavar as amostras na peneira de nº200 (0,075mm) para retirada dos finos;
Secar as amostras em estufa, deixar esfriar à temperatura ambiente e determinar suas massas (m1 e m2);
Limpar as peneiras, encaixando-as de modo a formar um única peneira, com abertura da malha crescente de acordo com a finalidade do ensaio;
Promover a agitação do conjunto de peneiras, por um tempo razoável para permitir a separação e classificação prévia dos diferentes tamanhos de grão da amostra;
Determinar a massa total do material retido em cada peneira e no fundo do conjunto. O somatório de todas as massas não deve diferir de 0,3% de m1;
Proceder o peneiramento da segunda amostra, de massa m2, de acordo com o realizado na primeira amostra, de massa m1.
5. Resultados

5.1. Cálculos

Para cada uma da amostras, calcular a porcentagem retida, em massa, em cada uma das peneiras, com aproximação de 0,1%;
As amostras devem apresenta a mesma dimensão máxima característica, e nas demais peneiras, os valores de porcentagem retida individualmente não devem diferir mais que 4% entre si;
Calcular as porcentagens médias, retidas e acumuladas, em cada peneira, com aproximação de 1%;
Determinar o módulo de finura, com aproximação de 0,01.
5.1. Relatório do ensaio

O relatório do ensaio deve conter:

a porcentagem média em cada peneira;
a porcentagem média retida acumulada em cada peneira;
a dimensão máxima característica e módulo de finura;
gráfico peneiras (mm) x porcentagem retida acumulada.
6. Referências bibliográficas


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 148: Agregado - Determinação da Composição Granulométrica. Rio de Janeiro: 2003.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Gesso

Propriedades físico-químicas e mecânicas do gesso

O gesso é um material branco fino que em contato com a água se hidrata, num
processo exotérmico, formando um produto, não hidráulico e rijo.

A produção do gesso se dá pela mineração e calcinação da gipsita, mineral natural produzido pela evaporação de mares. O minério de gesso (gipsita), formado entre 100 e 200 milhões de anos atrás, está presente em grande parte da superfície terrestre. Sua extração não gera resíduos tóxicos e requer pouca interferência na superfície. As fábricas de chapas de gesso e outros derivados da gipsita são instalações limpas, que somente liberam vapor d'água na atmosfera.

Alternativamente, o gesso pode ser produzido pela reciclagem do fosfogesso ou do gesso químico produzido pela desulfurização de chaminés de queima de carvão com cal hidratada. No Brasil nenhum destes processos alternativos é significativo.

As propriedades específicas do gesso como:elevada plasticidade da pasta; pega e
endurecimento rápido; finura equivalente ao cimento; pequeno poder de retração na
secagem e estabilidade volumétrica, garantem desempenho satisfatório quando utilizado como aglomerante na fabricação de premoldados ou aplicado como revestimento.

A propriedade de absorver e liberar umidade ao ambiente confere aos revestimentos
em gesso um elevado poder de equilíbrio higroscópico, além de funcionar como inibidor de propagação de chamas, liberando moléculas d’água quando em contato com o fogo.

Por outro lado, devido a solubilidade dos produtos em gesso ( 1,8 g/ l ), a utilização
destes fica restrito a ambientes interiores e onde não haja contato direto e constante com água ( áreas molhadas) e desde que se considere certos cuidados, tais como: o alto poder oxidante do gesso quando em contato com componentes ferrosos; o alto poder expansivo das moléculas de etringita, formadas pela associação do gesso com o cimento em fase de hidratação; diminuição da resistência com o grau de umidade absorvida; a solubilidade e lixiviação com a percolação de água constante.

:: Produção do Gesso

O gesso é o produto da desidratação térmica da gipsita e sua posterior moagem. As temperaturas relativamente baixas (150ºC - 140ºC), a gipsita perde parte de sua água de composição resultando no hemidrato. Na produção comercial, a desidratação resulta também na produção de anidrita.

2 CaSO4.2H2O) > Calor > (CaSO4)2.H2 O + 3.H 2O
(gipsita) (gesso) + (água)

Hidratação

O gesso em contato com a água volta a se hidratar, retornando ao dihidrato, um sólido de estrutura cristalina. Esse endurecimento (cristalização) se dá através de núcleos que vão se expandindo. O tamanho dos cristais depende das impurezas do gesso, dos aditivos usados (geralmente controladores do tempo de pega) e das condições de cristalização. Em geral, um dihidrato com cristais grandes tem menor resistência mecânica que um com cristais menores.

O endurecimento completo ocorre depois que o excesso de água evaporou, deixando os poros. A figura abaixo foi obtida por microscopia eletrônica de varredura, elétrons secundários. O tamanho dos cristais é de aproximadamente de 15um.(micrometros).

Após um pico de liberação da energia superficial devido a molhagem (pico que inicia no tempo 0 na linha azul, segunda figura) o gesso passa por um período de pequena atividade química. Durante este período a pasta mantém a sua trabalhabilidade.

O processo de hidratação do gesso é muito rápido e se conclui em algumas horas.

Tempo de pega

O tempo de pega se relaciona diretamente com o tempo necessário para que os cristais de gipsita estejam presentes em número suficiente, capazes de suportar tensões.

O tempo de início de pega, determinado segundo a norma brasileira NBR 12128, é o tempo decorrido a partir do momento que o gesso tomou contato com a água até o instante em que a agulha do aparelho de VICAT não mais penetra até o fundo, estacionando a l mm do fundo.

O tempo de fim de pega é o tempo decorrido a partir do momento que o gesso entra em contato com a água até o instante que a agulha do aparelho de VICAT não mais deixa impressão na superfície.

:: Fatores que influenciam as propriedades do gesso

Grau de cristalização

A depender do processo de calcinação do gesso, duas cristalizações podem acontecer, a alfa, onde os cristais são bem formados e homogêneos e a beta onde são mal formados e heterogêneos. Os gessos alfa têm maior tendência a formar produtos com maior tempo de pega e maior resistência por ser menos solúvel e, portanto, necessitar de menos água de amassamento para se ter a trabalhabilidade desejada. Já os gessos beta tem mais tendência a formar produzir de menor tempo de pega e menor resistência. Na construção, o gesso empregado é o gesso tipo beta, contendo pequenas proporções de anidrita (solúvel e insolúvel) e impurezas como o próprio dihidrato (matéria-prima) e argilominerais.

Homogeneidade

Gessos com grau de cristalização ou de desidratação diferentes aceleram o tempo de pega e diminuem a resistência mecânica do produto final.

Finura

Quanto menores forem as partículas de gesso mais rápido será a pega, pois a superfície de contato será maior e consequentemente mais saturada será a mistura, favorecendo a cristalização, diminuindo o tempo de pega e aumentando a resistência final.

Consistência (fator água/gesso)

Quanto maior for este fator, maior quantidade d’água em relação a massa de gesso, e maior o tempo de pega, pois a solução estará menos saturada, porém menor será sua resistência final.

Influência da mistura com areia

A mistura de gesso com areia para formar argamassa é possível, porém as propriedades físico-mecânias diminuem sensivelmente: a consistência, o tempo de pega e a resistência mecânica decrescem proporcionalmente com o acréscimo da proporção de areia.

Aditivos
A ação de aditivos químicos interfere no tempo de pega. Denominam-se aceleradores, os agentes que diminui o tempo de pega - a exemplo destes estão os sulfatos ( o maior exemplo é a gipsita ). Denominam-se retardadores, os agentes que aumentam o tempo de pega - a exemplo destes estão os ácidos e os colóides. Denomina-se retentores de água, os agentes que incorporam/absorvem água em suas moléculas/rede molecular e liberam aos poucos para o processo de hidratação. Exemplo hidroxietil-celulose e hidróxido de cálcio. Denominam-se adesivos, os agentes que promovem adesão através da polimerização química. Exemplo: PVA e EVA. Denominam-se plastificantes, os agentes que diminuem a tensão superficial das moléculas formada na mistura , aumentando de sobre maneira fluidez. Exemplo os sabões e detergentes.

Temperatura
O aumento da temperatura favorece as reações de cristalização, diminuindo sensivelmente o tempo de pega e a resistência final.

:: Outras Características do Gesso

Leveza: paredes, divisórias e peças de gesso são mais leves do que peças feitas de outro material; e podem ser usadas em apartamentos, sem alterar a estrutura.
Facilidade de manuseio para execução de detalhes.
Apesar da inevitável sujeira - seu ponto fraco, não há como evitá-la -, muitos preferem ter uma parede de gesso no apartamento à sujeira de cimento, pedra, cal e água.
Rapidez de aplicação.
Recebe bem todos os tipos de pintura e acabamento.
Sua manutenção é simples: basta pano úmido e sabão de coco.
Saiba que o gesso não suporta água. Por isso os profissionais recomendam sua aplicação apenas em ambientes internos ou protegidos da chuva. Porém, existem placas Resistentes à Umidade (RU), produzidas especialmente para utilização em áreas molhadas. Possuem na composição do gesso, aditivos especiais que as tornam mais resistentes aos vapores e aos fungos resultantes da ação da umidade.
Para as áreas constantemente molhadas (ex. Box de chuveiros) é indispensável à impermeabilização. Deve ser realizado o tratamento da base da parede com rodapé de impermeabilização. Recomenda-se o uso de mantas asfálticas com 10 a 20 cm de altura ou a aplicação de uma junta elástica na junção da placa RU (Resistente à Umidade) com o piso, seguida de pintura cristalizante subindo mais ou menos 20 cm na parede.
Por suas propriedades físico-químicas, o gesso é considerado isolante térmico e acústico natural; É possível fazer uma parede de gesso acartonado com um isolamento acústico muito superior do que paredes de tijolos, entretanto, o inverso não é possível, pelo menos de uma forma racional.

Uma simples parede de gesso acartonado com 16cm de espessura, com lã de vidro no interior, conforme mostra a figura, pode-se obter o mesmo isolamento acústico do que um muro de concreto de 18cm de espessura = 60dBA, entretanto a parede de gesso pesará apenas 40Kg/m², contra os 414Kg/m² do muro de concreto.

As formas conhecidas de se obter isolamento acústico são :

Lei da massa

Diz que quanto mais pesada a barreira acústica maior o impedimento para o som passar de uma lado para o outro desta barreira, lembrando-se de um muro de concreto.

Lei da massa + mola + massa

Diz que quanto mais alternância de materiais com espessuras e densidades diferentes maior o isolamento acústico, lembrando-se dos vidros duplos das janelas acústicas.

Não é inflamável; A grande quantidade de água contida no gesso hidratado confere-lhe excelentes propriedades como material de proteção passiva. Resiste até 120º C de temperatura
É inodoro;
Não agride a pele (tem uso biológico);
Não forma fibras;
Não libera poeira depois de instalado.
Sem fissuras; os movimentos normais das estruturas são absorvidos pela estrutura metálica e pelo sistema de juntas. As variações de temperatura e de umidade relativa do ar não provocam variações dimensionais expressivas.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Setor da Cal no Brasil



A Cal, nas suas formas Virgem ou Hidratada, tem inúmeras aplicações, tanto na construção civil quanto na área industrial. A figura Áreas de Consumo mostra a distribuição das aplicações do volume produzido em 2006, considerando apenas o mercado livre.

A segmentação do mercado livre mostra a persistência da liderança do consumo do produto na construção civil, que absorve 37% da produção nacional de cal. As aplicações industriais, por sua vez, têm forte incidência na siderurgia e na pelotização de minério de ferro, seguidas por importantes aplicações nas indústrias química, de papel e celulose, e de açúcar.

A Cal e Suas Aplicações

Cal virgem e cal hidratada são produtos de grande versatilidade, presentes de forma direta ou indireta em uma infinidade de aspectos da vida moderna, na cidade e no campo, proporcionando incontáveis benefícios ao homem desde a Antigüidade.


Na construção civil, a cal é utilizada principalmente na forma hidratada, como componente fundamental no preparo de argamassas de assentamento e de revestimento de grande durabilidade e ótimo desempenho. É utilizada também no preparo de tintas alcalinas de alta alvura, atribuindo à pintura propriedades fungicidas e bactericidas que favorecem a saúde e o conforto dos usuários das edificações.


A cal também é empregada na construção de estradas, como elemento de estabilização de solos de baixa capacidade de suporte e como aditivo de misturas asfálticas, assegurando maior longevidade ao capeamento das rodovias.


Nas indústrias siderúrgica e metalúrgica, a cal virgem industrial é fundamental em diversas fases da fabricação do aço, do alumínio e de outros metais não ferrosos, como cobre, ouro, níquel e zinco.
Na siderurgia, a cal é empregada como aglomerante na pelotização do minério de ferro e no processo de sinterização, na dessulfuração de gusa, como elemento escorificante, protetor de revestimentos refratários em fornos de aciaria e como lubrificante na trefilaria.


A metalurgia de alumínio emprega a cal na causticação ou recuperação da soda cáustica usada na digestão da bauxita.

Em processos químicos e industriais, a cal tem importante presença em vários setores. Na indústria química, é insumo básico na produção de especialidades como carbonato de cálcio precipitado, carbureto de cálcio, óxido de propeno, cloreto de cálcio, hipoclorito de cálcio e vários outros elementos.
Na produção de papel e celulose, a cal virgem é fundamental na causticação do licor negro e como agente redutor de acidez na produção de papéis alcalinos. É também empregada como fundente em vidrarias e em outros processos industriais, como a produção de refratários, de borracha, de pigmentos e em curtumes


Na indústria alimentícia, a cal está presente nos setores sucro-alcooleiro, cítrico e em vários processos de preparo de alimentos. Na produção de açúcar e de álcool, age como redutor de acidez e clarificador do caldo da cana. No setor cítrico, é agente redutor de acidez e auxiliar para secagem do bagaço de cítricos e fonte de cálcio na produção das rações preparadas à base do farelo desse bagaço. É empregada também na produção de fosfato bicálcico para alimentação animal e usada ainda como redutor de acidez na indústria de laticínios e em outros processos.


Na agricultura, a cal tem forte aplicação na recuperação de solos ácidos, tornando-os próprios ao reflorestamento e a diversas culturas, sendo também um importante micronutriente. É fonte de cálcio na produção industrial de fertilizantes agrícolas. Tem ainda inúmeras aplicações no meio rural, incluindo a proteção de áreas de criação de frangos, a alcalinização de lagoas para piscicultura e até mesmo interessantes usos na culinária.


Na saúde e na preservação ambiental, a cal age como poderoso bactericida e saneador de ambientes, tendo papel destacado na prevenção de males como a doença de Chagas e no combate a vetores como o vibrião do cólera. É elemento básico no tratamento de efluentes domésticos e industriais e de água para abastecimento público. É um valioso agente dessulfurante no controle de emissões atmosféricas da indústria, contribuindo para reduzir a incidência de chuvas ácidas.

sábado, 10 de abril de 2010

Rochas ornamentais


Do ponto de vista comercial, as rochas ornamentais e de revestimento são basicamente subdivididas em granitos e mármores. Como granitos, enquadram-se, genericamente, as rochas silicáticas, enquanto os mármores englobam, lato sensu, as rochas carbonáticas. Alguns outros tipos litológicos, incluídos no campo das rochas ornamentais, são os quartzitos, serpentinitos, travertinos e ardósias, também muito importantes setorialmente.

Para a distinção entre um granito (rocha silicática) e um mármore (rocha carbonática), dois procedimentos simples são recomendados: os granitos não são riscados por canivetes e chaves; os mármores, inclusive travertinos, são riscados por canivetes/chaves e reagem ao ataque de ácido clorídrico a 10% em volume, efervescendo tanto mais intensamente quanto maior o caráter calcítico (na falta de ácido clorídrico, pode-se pingar limão). Serpentinitos e ardósias não efervescem ou efervescem muito discretamente, e podem ser riscados por canivetes. Os quartzitos, muitas vezes assemelhados aos mármores, não são riscados por canivetes/chaves e nem efervescem com ácido clorídrico ou limão.

Rochas isótropas, sem orientação preferencial dos constituintes mineralógicos, são designadas homogêneas e mais utilizadas em obras de revestimento. Rochas anisótropas, com desenhos e orientação mineralógica, são chamadas movimentadas e mais utilizadas em peças isoladas, pois sua aplicação em revestimentos demanda apuro estético e caracteriza uma nova tendência de design, ainda não totalmente assimilada pela maioria dos consumidores tradicionais.

O padrão cromático é o principal atributo considerado para qualificação comercial de uma rocha. Em função das características cromáticas, os materiais são enquadrados como clássicos, comuns ou excepcionais. Os materiais clássicos não sofrem influência de modismos, incluindo mármores vermelhos, brancos, amarelos e negros, bem como granitos negros e vermelhos. Os materiais comuns ou de "batalha", de largo emprego em obras de revestimento, incluem mármores bege e acinzentados, além de granitos acinzentados, rosados e amarronzados. Os materiais excepcionais são normalmente utilizados para peças isoladas e pequenos revestimentos, abrangendo mármores azuis, violeta e verdes, além de granitos azuis, amarelos, multicores e brancos.

As designações comerciais aplicadas são muitas vezes exóticas e enganosas, não espelhando os parâmetros de cor e procedência dos materiais. As formas tradicionais de nomenclatura refletem tais parâmetros (p. ex.: Verde Candeias, Vermelho Capão Bonito, Rosa Sardo, etc.), devendo ser adotadas como base para identificação de novos materiais comercialmente tipificados.

Os produtos comerciais obtidos a partir da extração de blocos e serragem de chapas, que sofrem algum tipo de tratamento de superfície (sobretudo polimento e lustro), são designados como rochas processadas especiais. Tal é o caso dos materiais que no geral aceitam polimento e recebem calibração, abrangendo os mármores, granitos, quartzitos maciços e serpentinitos.

Os produtos comerciais normalmente utilizados com superfícies naturais em peças não calibradas, extraídos diretamente por delaminação mecânica de chapas na pedreira, são por sua vez designados como rochas processadas simples. Para ilustração refere-se que, no Brasil, tal é o caso dos quartzitos foliados (tipo pedra São Tomé, pedra mineira, pedra goiana, etc.), da pedra Cariri, dos basaltos gaúchos, da pedra Miracema, da pedra Macapá, da pedra Morisca, entre outras, referindo-se que apenas a pedra Cariri tem “origem carbonática”.

As ardósias recebem designação específica, sendo os nomes comerciais diferenciados pela cor da rocha. Os serpentinitos tem seus produtos comercializados sob a designação de mármores verdes.

quinta-feira, 18 de março de 2010

1- Qual a importância das Normas Técnicas?
No Brasil o órgão responsável pela normalização técnica é a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), fundada em 1940. A ABNT é uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como entidade publica, e é a representante do Brasil junto à ISO.
Objetivos da ABNT.
. Promover a elaboração de normas técnicas e comentar seu uso nos campos científicos, técnicos, industrial, comercial, agrícola, de serviços e correlatos, mantendo-as atualizadas;
. Incentivar e promover a participação das comunidades técnicas na pesquisa, no desenvolvimento e na difusão da normalização no pais;
. Representar o Brasil nas entidades internacionais de normalização;
. Colaborar com organismos de normalização estrangeiros, intercambiando normas e informações técnicas;
. Conceder, diretamente ou por meio de terceiros, marca de conformidade e certificados de qualidade referentes a produtos e sistemas;
. Prestar serviços no campo de normalização técnica;
. Intermediar, juntos aos poderes públicos, os interesses da sociedade civil no tocante aos assuntos de normalização técnica.
A ABNT atualmente é constituída por comitês brasileiros. O comitê é o órgão que faz o planejamento, a coordenação e o controle das atividades de normalização, sendo a maior autoridade nacional em sua área, e tem o compromisso de elaborar Normas Técnicas e mantê-las atualizadas.

2- Faça uma síntese sobre o processo de criação de uma nova Norma.
O processo de elaboração de uma norma primeiramente se dá com a manifestação da sociedade em criar uma nova norma. Depois criar-se uma comissão de estudo (CE), através do comitê brasileiro ou organismo de normalização que envolve a participação voluntária da sociedade, dentre elas se destacam: participação do governo, entidades de classe, órgãos de defesa do consumidor, que elaboram um produto de norma com consenso de seus participantes. Esse projeto de norma é submetido a votação nacional entre os associados da ABNT e demais interessados. Podendo surgir sugestões posteriores a votação na qual são analisados pela comissão de estudos e após aprovadas como normas brasileiras. Por fim, a norma brasileira é impressa.

3- Faça uma síntese sobre do processo de avaliação de uma nova tecnologia para a qual não existe norma especifica.
Quando surge um produto adaptado para nova tecnologia(chamamos de produtos inovadores), no qual não se tem uma norma específica para o uso estes passam por um processo de avaliação de desempenho do produto, através de órgãos de financiamento habitacional que tem como objetivo reduzir riscos, protegendo os interesses da sociedade, usuários e construtores, como também os recursos públicos. Este processo serve para edificações como também para seus produtos (componentes).

4- O que é certificação de um produto?
A certificação consiste da emissão de marcas e certificados de conformidade para empresas que demonstram que um produto, serviço, ou sistema de gestão atende às Normas aplicáveis, seja nacional, estrangeiras ou internacionais, assim, além da norma outro requisito que se destaca no nível de qualidade de um produto ou serviço é a sua certificação.